quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Conheça os personagens da região de Belo Monte


Germano Lüders, editor de fotografia, e Alexa Salomão, editora de economia, de EXAME, estiveram no município de Altamira, no Pará, para ver de perto as obras da hidrelétrica de Belo Monte e as comunidades que vivem à beira da chamada Volta Grande do




Vida na aldeia
Índios Jurunas constroem espaço de eventos na aldeia Muratu, na terra indígena Paquiçamba que fica às margens do Rio Xingu, no Pará.


Cacique Muratu
Cacique Giliarde Juruna, da aldeia Muratu, na terra indígena Paquiçamba.
Parte da renda da aldeia vem da pesca de peixes ornamentais.

Escola improvisada
O ensino na escola pública da maioria das aldeias só vai até o quarto ano do ensino fundamental.
Sem condições de cursar uma escola regular nas cidades, que ficam distantes, a maioria dos índios mal sabe ler e escrever. 

O chefe dos Arara
Leôncio Arara, chefe da aldeia Arara da Volta Grande, localizada na terra dos Arara, às margens do rio Xingu, no Pará. Na hierarquia indígena, o chefe é o líder da tribo.
O cacique é o segundo no comando e deve compartilhar as decisões com o chefe até que tenha conhecimento e respeito dos demais integrantes da aldeia para assumir o comando. Leôncio prepara o neto para substituí-lo. 

Meio de transporte
Apesar de ter acesso a transamazônica, Altamira, cidade localizada às margens do rio, é o maior município do Brasil em extensão territorial e ainda possui mal serviço de estradas. 


Barragem principal
Trecho onde será construída a barragem principal de Belo Monte com 24 turbinas.


Máquinas e equipamentos
Há cerca de 1 700 máquinas e equipamentos operando nos canteiros de Belo Monte. No pico da obra, em 2013, serão 2 500.



Prainha
No local onde o Xingu banha a cidade de Altamira foi construída uma orla, batizada de prainha, onde é possível passear para observar o rio.





Líder popular
Antônia Melo é uma conhecida líder popular da região de Altamira. Desde a década de 80 participa da fundação de movimentos sociais de mulheres e de defesa de menores e foi a primeira conselheira tutelar da cidade.
Nascida no interior do Piauí, chegou em Altamira aos 5 anos com os pais, pequenos agricultores. Hoje atua como coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, organização que sempre se opôs a Belo Monte.




O bispo do Xingu
Desde que chegou ao Pará, em 1965, Dom Erwin Kräutler atua em movimentos de defesa da preservação ambiental e da cultura de indígenas na Amazônia. Reuniu-se várias vezes com integrantes do governo em Brasília na tentativa de evitar a construção de Belo Monte.
Trabalhou com a irmã Dorothy Stang, religiosa americana assassinada em 2005 com seis tiros, em Anapu, também no Pará. Krätler já foi amaeaçado várias vezes por ter denunciado a exploração sexual de adolescentes por políticos da região, combater a grilagem de terra e o desmatamento provocado por madeireiras e vive com escolta policial permanente. 

Refeitórios
No pico da obra, os 15 refeitórios erguidos nos canteiros de obras de Belo Monte vão servir refeições diárias para 22 000 trabalhadores. Hoje já há 15 000 na área. 






Estradas na floresta
O CCBM, Consórcio Construtor de Belo Monte, abriu 115 quilômetros de estradas nos municípios de Altamira e Vitória do Xingu, parte delas em áreas de mata fechada.
Alexa Salomão - EXAME

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Apesar de polêmicas e protestos, obras em Belo Monte continuam


Cerca de 15% do empreendimento já foi construído.
Custo previsto da construção da usina é de R$ 19 bilhões.

Mesmo depois de várias polêmicas e constantes protestos, a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte segue com todo vapor. Aproximadamente 15% das obras do empreendimento, localizado na região do Xingu, no sudoeste do Pará, já foram concluídos. O local deve gerar energia para todo o Brasil.
O sítio Belo Monte é o principal canteiro de obras da hidrelétrica, onde vai funcionar o coração da usina. É onde está em construção a casa de força principal do empreendimento, onde vão funcionar 18 turbinas, com capacidade para gerar cerca de 11 mil megawatts (MW) de energia elétrica.
Um paredão que ficará a 100 metros do nível do mar também está sendo construído. A partir do ponto onde estará localizado, mais 67 metros de estrutura maciça serão construídos, o equivalente a um prédio de 22 andares. A construção terá 210 metros de largura e, quando ficar pronta, pelo menos 22 metros de profundidade, que serão cobertos por água.

Outra obra que está em fase de construção é o canal de derivação, por onde será feito o desvio do leito do rio Xingu e vai passar toda a água que deve gerar a energia de Belo Monte. A obra deve demorar pelo menos cinco anos para ficar pronta.

Outra obra que está em fase de construção é o canal de derivação, por onde será feito o desvio do leito do rio Xingu e vai passar toda a água que deve gerar a energia de Belo Monte. A obra deve demorar pelo menos cinco anos para ficar pronta.


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Homens do exército participaram de treinamento para, em caso de conflito, proteger um dos principais canteiros da usina de Belo Monte (Foto: Reprodução/TV Liberal)Homens do exército participaram de treinamento
no Sítio Pimental (Foto: Reprodução/TV Liberal)
Mais de 250 homens do Exército participaram de um treinamento na área do Sítio Pimental, onde é feito o barramento do rio Xingu. O local já foi invadido por manifestantes contrários a obra e indígenas. Os militares simularam uma operação para ocupar as instalações do canteiro e garantir o funcionamento da obra em caso de situação de conflito.

A usinaA Usina Hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, no sudoeste do Pará, com um custo previsto de R$ 19 bilhões. O projeto tem grande oposição de ambientalistas, que consideram que os impactos para o meio ambiente e para as comunidades tradicionais da região, como indígenas e ribeirinhos, serão irreversíveis.

RAÇÃO DA MORINGA OLEÍFERA PARA ANIMAIS E HUMANOS

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